sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A minha escolha


Houve um tempo
Em que o mar se atraiçoou
Deixando a fragilidade
Da lua, divina,
Tocar-lhe a espuma
E degustar-lhe o sal.


Houve um tempo
Em que os pássaros
Se aquietaram no ninho
E as borboletas mordiscaram
O repouso dos justos
Num desafio aos disformes.


Houve um tempo
Em que o entorpecimento
Me tomou a razão
E a hibernação o corpo
Que jazia frio
E quase letal.


Houve um tempo
Em que o tempo não contava,
A lágrima chorava
E o coração desesperava…


Tempos houve…
Em que tu não estavas aqui!


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Indescritível amor…

Descrever não consigo todo o encanto,
E a grandeza do amor que nos envolve,
Que nos prende, arrebata e absorve,
Nessa ânsia de nos querermos tanto.
Grande demais para caber num verso;
Demais sublime que ultrapassa a mente;
Forte bastante que me torna crente,
De que chega a vibrar pelo Universo.
Ele é o tudo que me prende à vida,
A razão que me faz viver contente,
Mesmo nas horas de uma dor sofrida.
Mas retratá-lo, nunca! É impossível
À minha mente- por mais que ela tente -
Descrever o que faz-se indescritível.
                                                                                                                                            

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Encontros

Tudo o que
buscamos, também nos busca e, se
ficarmos quietos, o que buscamos nos
encontrará...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Medo do Amor

 Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.
  O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.
  E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas as vezes nos fazem chorar..
  Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.
  Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo..

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Liberdade!

O amor é como uma bolinha de mercúrio na mão. Se a palma ficar aberta, ela permanece. Tente prendê-la que a verá escapar. .

quarta-feira, 5 de outubro de 2011